Suspiro entre os Lençóis, de uma cama desfeita.
Olho em redor, não te vejo
Olho e não te sinto.
Abraço-me, sinto frio.
Onde estas?
Deixaste me só entre Lençóis,
Manchados de lagrimas.
Sinto mais frio.
Envolvo-me, em pensamentos.
Palavras sagradas, escritas no tempo.
Acompanham-me neste abraço.
Tão silenciosamente sentido.
Saudade de ti, deste sonho desfeito.
Escrevemos e amamos, nas entrelinhas do tempo.
Tempo chuvoso, dias intempestivos.
Chuvas ousadas, que tentaram apagar nosso sentir.
Em vãs tentativas...
Um amor escrito no vento.
Um amor perdido no tempo.
Que as mãos do anjo não deixou apagar.
Te espero nesta cama desfeita.
Nestes lençóis traçados, num emaranhado de sentires.
Mar revolto em que repousas.
Ondas de emoções, sentimentos.
Que te agitam, desencontram.
Procuras pelo que já tens.
Procuras em vão alcançar-te.
Tentativa desesperada de respostas sem perguntas.
Respostas que te massacram o sentir.
Invadem-te os sonhos, torturam-te.
Apenas já sabes o que temes.
Sentes o que és, receias, simplesmente.
Divagas entre mundos.
Entre correntes contrárias, procuras a acalmia.
Não procures, sente-me.
A resposta está em ti, sossega o meu sono.
Deixa-me sentir-te em mim.
Abraça-me, esconde-me do frio.
Protege-me.
Procuro a 4 mãos
Carlos Fonseca & Nina M
