sábado, 21 de abril de 2012

O Teu Sono


O Teu Sono



Silenciosamente observei-te, dormias

Observei-te tempos sem fim

Embrenhei-me nos teus sonhos

Percorri neles longos caminhos de paixão

Indeléveis percursos que suavemente traças

Castelos que constróis á medida dos teus desejos

Abrigos apenas de nós dois, apaixonados

Nos teus sonhos, eterno Sentir

Sono pacifico, feições de anjo que observo

Olho para ti e perco-me na escultura do teu rosto

Nos traços esculpidos a cinzel

Deusa entre as mulheres

Amada entre lençóis

Repousas suavemente na almofada

Confidente dos teus sonhos de mulher- menina

Menina que se recusa a crescer

Mulher que teima em amar

Deliciosa combinação de um querer o que não queres

O não querer o que desejas

Metamorfose de menina em corpo de mulher

Repousas perante mim



Sonho a 4 mãos

Carlos Fonseca & Nina M

Amor Eterno


Amor Eterno



Eu, sou a filha do tempo que o vento trouxe ate ti.

Em silêncio me abraças-te, acarinhas-te,

Beijo com amor, filho do dia

Beijo cálido e suave, dorido até

Sou a noite e tu sabes bem, por isso sofres

Sou a filha do tempo,

Trazida pelo vento e rainha da lua

Sou, talvez prisioneira

Rainha guerreira que não consegue lutar

Meu rei, tu és o dia que só no amanhecer me pode tocar

Ao anoitecer, quando suavemente te escondes

Ilumino delicadamente o teu leito

Velo durante a noite pelo teu sono

De madrugada, despertas lentamente,

Quando te aproximas de mim,

O vento sopra e o tempo chora.

Nessa hora sofrida marcada pela vida, pois o destino assim o quis.

Rainha e rei que se amam escondidos do tempo,

Abraçados pelo vento se beijam em silêncio.

O beijo que separa o dia da noite  

Um espelho exato na calmaria das aguas.

Espelho da qual se refletem as mais belas luzes

Encontro único, duas vezes por dia,

Momentos únicos, eternamente repetidos

 Tatuados eternamente na memória de quem assiste

Tomo conta do teu sono durante a noite

Iluminas o meu descanso, durante o dia

Essa a nossa sina, eterna a nossa mágoa

Sina de dois amantes, sinal apenas de amor eterno



Amor Eterno a 4 mãos

Nina M & Carlos Fonseca

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Rumo A Nós

Rumo A Nós

Sozinho na noite, busco por ti
Doces recordações guardadas numa memória cansada
Dorida de recordações de tempos passados
Sorri apenas ao recordar cenas apenas sonhadas
Hoje, mais do que nunca, recordo com um sorriso
O beijo que me deste, doce, envolvente
Senti todo o teu Sentir naquele beijo
Mais do que beijar com os lábios
Muito mais do que apenas línguas sequiosas uma da outra
Mais do que as caricias trocadas
O sentir, 2 corpos envolvidos, fundidos num só
Uma única Alma que se encontrou
Demasiado tempo perdida de si mesma
Fazer amor contigo foi… mágico!
Sentir o teu corpo, a tua pele sedosa que me chamava
Sentir os teus mamilos que em pé ansiavam por um toque meu
A tua pele arrepiada á passagem da minha respiração
Os teus gemidos gritados em surdina
Toda tu chamavas por mim, eu por ti
Quando envolves-te as tuas pernas na minha cintura num doce abraço, sucumbi
Sucumbi perante ti, deixei-me levar pela paixão
Antro improvisado de luxúria, prazer
Os teus olhos fechados que me sentiam
O teu suave odor a desejo que me invadia, entranhado em mim
Os teus lábios, doce recanto de pecado, beijavam-me
Silenciosamente gritavam por mim no silêncio de um olhar
Tantas palavras trocadas apenas no silêncio

Devaneios a quatro mãos

Carlos Fonseca & Nina M S

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Procurei-te

Procurei-te



Divaguei e percorri caminhos sem sentido.
Encontrei-te ali ...
Na dura trilha do caminho
Onde pensei ser caminho sem volta.
Alma minha me invadiste num sopro de carinho e eu te amei.
Eu te amo,
Necessito de ti ,meu doce ,meu querido meu ser.
Poeta de dia que encanta a noite
Poeta que me beija com as palavras e que dorme á noite nos meus braços.
Sou a noite que te abraça e tu...
O dia que silenciosamente me desperta.
Dia que iluminas no teu resplandecer
Dia que não esta apenas nublado
Dia em que o Sol se esconde, intimidado pela tua Luz
Dias que apenas não são mais um Dia
Dia que te encontrei, reencontrei
Percebi o quanto preciso de Ti
Olho para trás e não percebo como sobrevivi ate hoje
Sobrevivi apenas, viver comecei no dia em que te vi
No dia em que me invades os sonhos
Perco-me contigo em doces, loucos devaneios
Poeta que és de dia, poeta que és á noite
De dia traças palavras em linhas de amor
De noite escreves poemas na ansiedade do meu Ser
Usas o meu corpo como pergaminho
As tuas mãos desenham letras no meu corpo
O teu carinho desenha poemas na minha Alma
Não és poeta
És pura poesia

carinho a quatro mãos
Carlos Fonseca & Nina M S




A Minha Alma


A Minha Alma



Na brisa do mar que te sacode suavemente o cabelo

Deixo-te por ela um doce sentir dos meus lábios no teu rosto

Não apenas um beijo, antes um toque suave

Um roçar de lábios nos lábios, a deixar a vontade de me quereres

Mais, sempre mais, a cada dia que passa, a cada vida que nos encontramos

Em cada aurora em que despertamos uma vez mais um para o outro

No Luar, que te ilumina, deixo nele todo o meu Ser

Dele retiro a prata com que te escrevo linhas de amor

Num pergaminho tecido em saudade

Sentimentos traçados com a leveza de uma pena onde deposito a minha Alma



Carlos F

19-04-2012

quarta-feira, 18 de abril de 2012

És Luz


És Luz



Tu és Luz, Paz, Alegria, Amor

Tudo és apenas tudo o que da forças

Forças para acreditar quer vale a pena viver

Forças apenas para acreditar de novo

Acreditar novamente no Amor

Sentimento tao profanado

Palavra vulgarizada vezes sem fim

Palavra, dita apenas com a boca

Palavra que antes de mais quer ser gritada pelo coração

Palavra que antes deve ser dita no silêncio de um olhar

Olho para ti hoje, percebo finalmente

Porque nunca te encontrei antes

Porque percorri montes e vales, subi montanhas, cruzei mares

Chorei, sangrei, desesperei em busca de ti

Hoje sei porque o fiz

Aprendi apenas a valorizar-te como mereces

Tratar-te como Rainha que és

Súbdito do teu olhar

Escravo dos meus sentimentos

Mas acima de tudo, senhora do meu coração

Dona dos meus sentidos, da minha razão

Hoje sei amar-te como tu mereces

Hoje, posso dizer, valeu a pena tudo o que esperei

Valeu a pena as lagrimas derramadas

Apenas saudades de quem um dia amei

Apenas saudades de quem nunca deixei de amar

Apenas saudades dos tempos que breve chegarão

Em que nunca deixarei de te amar

Sempre assim foi, assim é hoje, assim será

Para sempre e todo o sempre



Carlos Fonseca

18-04-2012

Expoente Máximo


EXPOENTE MÁXIMO



Não pares…

Suplicas tu enquanto  estremeces

Sinto-te estremecer, vibrar

O teu doce suor salgado

Transpiras emoções, amor…

Continuo em ti

Sinto-me  desfalecer

Quase a explodir em ti

Beijo-te  profundamente

Sinto-te por completo naquele beijo

Momento magico

Não aguento mais, expludo sim…

Inundo-te de mim

Todo eu em ti apenas….

Sinto-me no céu nesse momento

Abraças-me mas forte

Estrangulas-me com as pernas

As tuas unhas nas minhas costas, cravadas

Beijo de novo os teus peitos

Rijos, mamilos apontados ao céu

Trocas de fluidos, de salivas

Prazer eterno, expoente máximo…

Apenas deito sobre ti

Nesse momento…   somos dois

Apenas em um único corpo

Apenas, nós…



Carlos Fonseca

30-11-2011




Enlouqueço


Enlouqueço



Sinto-me a enlouquecer

Perco-me em sentimentos

Refugio-me em emoções

Delírios apenas de uma mente que se perde

Mente que suavemente

Lentamente abandona o corpo

Um Ser que apenas não existe

Vagueia                         

Deambula em direcção a nada

Longe de ti com sentido em ti

Apenas… por ti

Loucura que me invade

De deixa trôpego

Dormente nos sentidos

Corpo sem reacção

Apenas sentido em ti

Invades-me as ideias

Tomas conta de todo o meu Ser

Controlas os meus Sentidos

Perco-me de mim

Encontro-me em ti

Desencontrado de ti enlouqueço

Procuro-te

Busco por ti

Busco por Paz

Peço ansiosamente uma Luz

Que me guie até ao teu encontro

Onde te refugias de emoções

De sentimentos recalcados

Onde te proíbes de sentir

Onde te recusas a amar

Sinto-me a enlouquecer



Carlos Fonseca

13-11-2011


Escrito na Alma

Ɛรcʀitѳ ɳɑ ɑʆɱɑ

Amor,
em silêncio eu beijo a tua boca,
Nesse mesmo silêncio conforto o teu sono
Abraço a tua sombra.
Nesse silêncio, em que me beijas
Sinto todo o teu ser no abraço,
O teu Sentir em cada beijo trocado,
A tua Alma em cada caricia que te dou,
pois meu amor está contigo.
Preciso do teu beijo mas não te toco.
Abraço- te...
E...
Em silêncio te busco para mim,
até a tua boca encontrar a minha.
Nesse beijo, perco-me em ti,
Em loucos devaneios,
Recordações dos tempos que virão lentos.
Como um sonho,
são transportados através do tempo.
Tempo que silenciosamente nos teima em juntar
Tempos que são nossos amigos,
Tempos que nos trazem,
Tempos que sempre nos trarão bem para junto um do outro...
Para que nós dois sejamos de novo um só.
Nesse dia me desnudo,
Diante de ti e as minhas vestes são as tuas mãos,
Cada toque sentido será a capa que abrasa
teu corpo junto ao meu
Serás a minha tentação,
onde eu mulher nua te levarei ao céu
Lá,
perdemo-nos entre cada constelação,
nas asas de um anjo,
Onde flutuaremos, eternamente…
Paragens apenas marcadas por encontros na terra,
Onde te amo de corpo e Alma,
Não só de corpo, mas também não só de Alma

Devaneios a quatro mãos

Carlos Fonseca & Nina M