quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Afinal...


Afinal…



Mentiste-me, a pior coisa que me fazem

Pensei, admirei-te por isso… eras diferente

Afinal és igual a todas que eu conheço

Apenas… mentes, quando convêm

Senti-me cair num poço sem fundo

Senti o coração ser trucidado

A Alma espezinhada

Caí apenas do cimo dos meus sonhos

Local onde te tinha elevado

Local que acreditei ser teu por direito

Apenas senti-me na lama

Mentes por uma coisa sem jeito

Tenho o direito de perguntar…

Mentis-te mais em que?

Qual a verdade no meio das mentiras

Ou apenas qual a mentira no meio de verdades

Senti-me perdido

Não dormi a noite toda

Não acordei ainda do sono que não dormi

Sempre que fechava os olhos, a tua imagem

Antes alegre, envolta em Luz

Esta noite… envolta em trevas

Apagou-se a Luz, acordei apenas de um sonho

Sonho transformado em pesadelo

Que me atormentou a noite

Não dormi para não sonhar

Apenas porque…

Os sonhos viraram pesadelos

Quero acreditar que não és assim

Quero acreditar que foi caso único…

Mas… a mentira deixa marcas

Cicatrizes…

Recordações de outros tempos

Épocas em que morri lentamente

Épocas das quais renasci

Tempos em que me recuso a regressar…



Carlos Fonseca

27-11-2011

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