Afinal…
Mentiste-me, a pior coisa que me fazem
Pensei, admirei-te por isso… eras
diferente
Afinal és igual a todas que eu conheço
Apenas… mentes, quando convêm
Senti-me cair num poço sem fundo
Senti o coração ser trucidado
A Alma espezinhada
Caí apenas do cimo dos meus sonhos
Local onde te tinha elevado
Local que acreditei ser teu por
direito
Apenas senti-me na lama
Mentes por uma coisa sem jeito
Tenho o direito de perguntar…
Mentis-te mais em que?
Qual a verdade no meio das mentiras
Ou apenas qual a mentira no meio de
verdades
Senti-me perdido
Não dormi a noite toda
Não acordei ainda do sono que não
dormi
Sempre que fechava os olhos, a tua
imagem
Antes alegre, envolta em Luz
Esta noite… envolta em trevas
Apagou-se a Luz, acordei apenas de um
sonho
Sonho transformado em pesadelo
Que me atormentou a noite
Não dormi para não sonhar
Apenas porque…
Os sonhos viraram pesadelos
Quero acreditar que não és assim
Quero acreditar que foi caso único…
Mas… a mentira deixa marcas
Cicatrizes…
Recordações de outros tempos
Épocas em que morri lentamente
Épocas das quais renasci
Tempos em que me recuso a regressar…
Carlos Fonseca
27-11-2011
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