domingo, 8 de abril de 2012

Aperto...


Aperto…



Penso em ti, um aperto…

Saber que és minha sem ter…

Sei que existes apenas porque sei de ti…

Não sei onde andas…  mas sinto-te…

Não sei qual o caminho que tu tomas…

Sei sim, apenas isso, qual o teu destino…

Qual é apenas o teu ponto de chegada…

Não sei qual o teu caminho…

Não sei que voltas queres dar…

Não sei que obstáculos queres contornar…

Sei apenas qual o teu destino…

Não sei que fantasmas te atormentam…

Que recordações não te deixam viver…

Que mágoas apenas não te deixam sentir de novo…

Que memórias não te deixam acreditar…

Sei apenas qual o teu destino…

Podes andar em círculos, girando sobre ti própria…

Sofrendo e fazendo sofrer, até ao limite de ti….

Até ao limite de mim que se perde no infinito…

Infinito…  já ali, tão próximo que não sei onde termina…

Não sei onde começou o teu caminho…

Sei apenas o teu destino

Não sei, não consigo saber, sinto apenas…

As tuas dúvidas, as tua incertezas, os teus receios

Tudo isso te atrasa, tudo isso te amarra, tudo isso te impede

De chegares apenas ao teu destino

Ponto perdido, rumo sem direcção, bússola sem ponteiro

Não procures, não adivinhes, não tentes ter certezas de nada

Certezas… apenas de que vais ser feliz

De que vais ser o meu mundo, a minha vida, o pedaço que falta no meu puzzle

Sei apenas o teu destino

Destino em direcção a mim, a nós, ao Viver, ao Amar…

Tudo o que nunca foste, nunca imaginas-te e sempre desejas-te

Uma vida sem viver, um amor sem amar, um seres tu sem seres nada

Sentires-te vazia, cheia de nada, vazia de tudo

Sei apenas qual o teu destino



Carlos Fonseca

09-11-2011




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