Aperto…
Penso em ti, um aperto…
Saber que és minha sem ter…
Sei que existes apenas porque sei de
ti…
Não sei onde andas… mas sinto-te…
Não sei qual o caminho que tu tomas…
Sei sim, apenas isso, qual o teu
destino…
Qual é apenas o teu ponto de chegada…
Não sei qual o teu caminho…
Não sei que voltas queres dar…
Não sei que obstáculos queres
contornar…
Sei apenas qual o teu destino…
Não sei que fantasmas te atormentam…
Que recordações não te deixam viver…
Que mágoas apenas não te deixam sentir
de novo…
Que memórias não te deixam acreditar…
Sei apenas qual o teu destino…
Podes andar em círculos, girando sobre
ti própria…
Sofrendo e fazendo sofrer, até ao
limite de ti….
Até ao limite de mim que se perde no
infinito…
Infinito… já ali, tão próximo que não sei onde termina…
Não sei onde começou o teu caminho…
Sei apenas o teu destino
Não sei, não consigo saber, sinto
apenas…
As tuas dúvidas, as tua incertezas, os
teus receios
Tudo isso te atrasa, tudo isso te
amarra, tudo isso te impede
De chegares apenas ao teu destino
Ponto perdido, rumo sem direcção,
bússola sem ponteiro
Não procures, não adivinhes, não
tentes ter certezas de nada
Certezas… apenas de que vais ser feliz
De que vais ser o meu mundo, a minha
vida, o pedaço que falta no meu puzzle
Sei apenas o teu destino
Destino em direcção a mim, a nós, ao
Viver, ao Amar…
Tudo o que nunca foste, nunca
imaginas-te e sempre desejas-te
Uma vida sem viver, um amor sem amar,
um seres tu sem seres nada
Sentires-te vazia, cheia de nada,
vazia de tudo
Sei apenas qual o teu destino
Carlos Fonseca
09-11-2011
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