domingo, 8 de abril de 2012

Enches-Me o Coração


“Enches-Me O Coração”



Disseste-me Tu

Gostava de te poder dizer o mesmo, lamento não poder

Não se consegue encher mais o que já transborda com a tua imagem

Com a tua presença, com o sentir-te

Gostava de te poder dizer que me enches a Alma

Não posso,  apenas não se pode encher o que já esta cheio

Cheio de um vazio enorme, cheio de um nada que me invadiu muito tempo

Trocas-me apenas esse vazio pela tua maneira de ser

Pelos teus carinhos, dos quais me alimento

Que Apenas me completam, me fazem sentir vivo

Os teus sinais lembram-me que estou vivo

Sinais que me envias, sinais que tardo em responder, em corresponder

Sinais do que nem tu te apercebes, nem tu queres aceitar

Sinais que te assustam, sinais que te abalam na tua maneira de ser

Sinais de transformação, ventos de mudança

Ventos que apenas me abalam os alicerces do que eu tinha por garantido

Todas as certezas que eu tinha, são hoje incertezas

Todas as incertezas que eu tive estão hoje reduzidas a nada

Duvidas houve, medos que me abalaram, turvaram o pensamento

Inundaram-me os sentimentos, abalaram-me as emoções

Qual terramoto sem fim, abanou-me a Alma

Fez-me acreditar que estou vivo

Hoje Sinto-me vivo,  Apenas isso…

Como se isso fosse APENAS…



Carlos Fonseca

10-11-2011

Sem comentários:

Enviar um comentário